“As narrativas se constroem sempre a partir de olhares que se voltam para os fatos e os narram na perspectiva daquilo que o olhar colheu. E são as narrativas que dão sentido aos fatos que já se passaram. Porque uma vez passados eles não podem ser lembrados a não ser pelas narrativas que o compõe. Aqueles fatos que passaram que são frutos de um olhar”, afirmou o Reitor da PUC Minas, Prof. Dr. Pe. Luís Henrique Eloy e Silva, ao abençoar as novas instalações do Centro Cultural da Justiça do Trabalho e da sede da Escola Judicial (EJ) do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG). A solenidade de inauguração aconteceu nesta terça-feira, 8 de agosto.
Localizadas nos edifícios Pavilhão Mário Werneck e Oficina Cristiano Ottoni, que passaram por um processo de restauração, os espaços representam um legado histórico, social e cultural não só para a comunidade jurídica, mas para toda a população. “Neste momento, em que nós ouvimos a Ave Maria, na versão de Bach e de Gounod, o nosso relógio indica a hora do anjo, a hora em que na tradição católica se invoca essa maravilhosa cena do anúncio do anjo Gabriel à Virgem Maria. E o ponteiro indica o infinito, o ponto mais alto do relógio. Significativo também que o desembargador Ricardo Mohallem, na condição de presidente do TRT-MG, capitaneou junto com uma equipe de alta qualidade as reformas e restaurações deste prédio, deste centro cultural, mas também da nova escola judicial tenham querido uma benção neste evento. Esta benção faz parte de uma narrativa que doravante constituirá a memória desta data”, afirmou.
Ao explicar a etimologia da palavra bênção em diversos idiomas, ele pontuou que, para a Igreja, abençoar nada mais é que trazer um auspício positivo e acolher as pessoas que também vão frequentar o espaço. “Essa palavra de benção vem do próprio Deus, do Criador, daquele do qual provém tudo de bom que nós temos. Neste momento, então, eu procederei com a benção destes espaços, mas como reza o ritual da Igreja Católica, a benção das pessoas que aqui estão e das pessoas que por aqui passarão”.
Ao final da solenidade, o Reitor visitou a exposição A democratização do retrato fotográfico – através da Consolidação das Leis do Trabalho, de Assis Horta, a primeira a ser montada no novo espaço.